Meu estranho Jeito de Amar

Meu estranho materno jeito de amar

Eu sei que tenho um jeito estranho de amar, na verdade, estranho mesmo é a forma de demonstrar amor.
Não sei fazer grandes declarações, nem componho canções, muito menos escrevo poemas. Não sou carinhosa, nem demonstro afeto em público, não exponho meus sentimentos em redes sociais, nem o conto aos demais... Sinto-me mais a vontade fazendo-o de outra forma.
Cuido e faço o possível para agradar, mas acho que faço isso melhor quando tento fazer você um alguém melhor, quando busco formas e alternativas de te fazer crescer. Não sei amar dando carinho, prefiro fazê-lo dando futuro, garantindo que você será alguém melhor para você. Não me incomoda a possibilidade de não estar incluída nesse seu futuro, só me importa que você esteja bem e feliz.
Talvez seja pretensão minha, talvez eu me sinta um alguém indispensável, arrogante... Não é isso, sei que és capaz de alcançar qualquer coisa, que sem mim todos os seus feitos são possíveis, eu, no máximo, dei um empurrãozinho.
No entanto, é assim que sei demonstrar meu amor. Renuncio a coisas que jamais poderias imaginar ou supor, dedico a você todas as minhas ideias de expectativas de vida e, desejo profunda e sinceramente que possas ter uma vida tranquila e estável, aquela que tantos almejam. Para isso, faço o que posso, o que está a meu alcance. 
Sei que isso não é, não foi, nem nunca será ideal de amor. Mas é assim que amo, na perspectiva quase que de um amor materno. Me preocupo com as dores, com a fome, com qualquer doença, com quem te ofende, te machuca ou te faz algum mal, me preocupo assim simples, assim meio mainha... Porém, uma coisa é fato, maior amor não há, nem mais puro, incondicional e verdadeiro que o de uma mãe para com seu filho