Amar não é vergonha, vergonha deveria ser espalhar o ódio.

Eu compreendo que a cultura, o modo (ou o molde) em que fomos criados, é fator determinante em como seremos recebidos, no entanto, isso não é suficiente para dirimir a minha dor. Não é o fato de entender, de saber, de pensar que vão me fazer esquecer as palavras de ódio, de repulsa, de negação, de abandono e, inúmeras outras, ou ainda, os olhares discriminatórios, reprovadores, tristes, penosos, ou os abraços não dados, os sorrisos que deixaram de ser compartilhados, os apertos de mãos que dizem estou com você, os olhares cúmplices, os beijos de carinho, os colos protetores...
A minha dor é maior, as minhas lágrimas são contínuas, o meu sorriso não é mais completo. E tudo isso por que ou para que? Para você sentir-se bem, ou para que as histórias que lhe contaram pareçam verdadeiras ou sejam levadas adiante ou para que seu pré-conceito faça sentido? Espero, sinceramente, que valha a pensa o uso de tanto ódio, violência e egoísmo.
Seja feliz, com a desgraça e a dor alheia e, nunca esqueça:
Amarás o teu próximo como a ti mesmo.